Filha de operário,
vida de viajante
Na infância, pequena nômade
De muitas paragens, das tantas moradas e inúmeros amigos
Poucos deixaram tanta saudade
Quanto os Terenas mirins
Saudade do quintal, tão perto do pantanal...
O caminho da escola era longo
O sol nos rachava a moringa, que
Logo se refrescava à margem do rio Miranda...
Correr com índio e macaco era tudo que eu queria
Era tudo que eu esperava.
Quando chegava tal dia,
Juntava os amigos da vila e o mato atravessava
Até que a aldeia alcançava
Catar coquinho, chupar manga, era a maior alegria
Brincadeira de criança, só vale se tem fantasia
Às vezes a gente fugia, fugia, corria o dia inteiro,
Em busca de um paradeiro que a nós transformaria
Quem chegasse lá primeiro, onde nasce o colorido
Recebia o seu prêmio: menina virava menino e guri virava guria...
O desejo não engana, e pensando na mudança
Virar menino não era, o que a mim me bastaria
Mas eu tinha esperança, na ideia de criança
Que completando a andança: um índio eu viraria!
Na infância, pequena nômade
De muitas paragens, das tantas moradas e inúmeros amigos
Poucos deixaram tanta saudade
Quanto os Terenas mirins
Saudade do quintal, tão perto do pantanal...
O caminho da escola era longo
O sol nos rachava a moringa, que
Logo se refrescava à margem do rio Miranda...
Correr com índio e macaco era tudo que eu queria
Era tudo que eu esperava.
Quando chegava tal dia,
Juntava os amigos da vila e o mato atravessava
Até que a aldeia alcançava
Catar coquinho, chupar manga, era a maior alegria
Brincadeira de criança, só vale se tem fantasia
Às vezes a gente fugia, fugia, corria o dia inteiro,
Em busca de um paradeiro que a nós transformaria
Quem chegasse lá primeiro, onde nasce o colorido
Recebia o seu prêmio: menina virava menino e guri virava guria...
O desejo não engana, e pensando na mudança
Virar menino não era, o que a mim me bastaria
Mas eu tinha esperança, na ideia de criança
Que completando a andança: um índio eu viraria!
Nenhum comentário:
Postar um comentário