domingo, 6 de abril de 2025

Saudade em verso


Um gosto amargo, tom de despedida,

saudade que aperta o peito e a razão.

Memórias vivas, ternura ferida,

teu nome ecoa em cada pulsação.


Nos achamos, e em nós nos perdemos,

no mesmo passo, luz e escuridão.

Fomos desejo, e medo — nos doemos,

cumplicidade em doce contradição.


Sonhei teu riso em dias tão banais,

no sol, na chuva, no inverno a chegar.

Mas restam planos soltos, nunca mais,

e a dor de não poder te despertar.


Tua pele em mim, tua alma em meu canto,

e o impossível... ainda é meu encanto.

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