Sobre o tempo
Antes de começar a ler, sugiro que coloquem no youtube oração ao tempo do Caetano Veloso (como vou fazer agora), só para inspirar a leitura e também a escrita minha.
Tenho pensado nesses momentos de delírio que no fim das contas o que mais tenho perdido na vida, além das vontades, é o tempo. o Preciosíssimo tempo, senhor de todos os rítmos, tão bonito quanto a cara do meu filho.
Não quero acordo com o tempo, só quero meu tempo de volta. E sei que não terei mais, o tempo que passou já foi.
A cada respiração, a cada momento o tempo se vai, é uma dos aspectos da subjetividade que nunca param!
Há não ser por uma razão...o desejo! Essa é briga freia viu. Briga de foice no escuro mesmo, porque o tempo passa, vai levando tudo, mas o desejo fica. Prostado, emburrado, de mau humor, esperando que o tempo volte e lhe faça as vontades.
Ou corremos com o tempo e o desejo no bolso. Ou vamos adoecer se o desejo decidir empacar. E o meu desejo está empacado como mula diante do sofrimento.
Ou abandono o desejo pelo caminho, ou enfio ele no bolso e corro pra conseguir conquistar o tempo que me resta.,.
E como enfiar um desejo imenso no bolso, latejando? Ainda não descobri. E nem sei se é possível fazer isso.
Sei que vou com esse desejo onde for, e não perderei mais tempo desnecessário. Vou correr com o tempo que me resta. O perdido já foi, já passou...vou no meu tempo, o tempo lógico e não cronológico,. Um tempo no qual eu consiga me adequar, se é que isso será possível.
Quero vos indicar outra música agora pro final do texto: "Passarinheiro de Renato Braz".
É o que tenho a dizer hoje.
Axé à todos e força meu povo!!!!
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