Ontem durante o jogo Japão x Costa do Marfim, aconteceu o inesperado...
O Japão dominava a partida e vencia por 1 a 0. A Costa atacava sucessivamente... Sem sucesso.
A força e a resistência da Costa eram visivelmente maiores, expostas em belíssimos músculos que pareciam ter sido esculpidos aos corpos dos jogadores.
Mas não bastava para a conquista dos gols, não bastava para a conquista da virada.
Conquista que só veio com a evocação da palavra, de um nome: Didier Drogba!
O nome do jogo. Quando ele entrou, a torcida sem pudor algum virou a casaca e enlouquecida passou a gritar e torcer pela Costa.
O nome em campo fez a diferença, parecia que o jogo partiu pra outra esfera... A do imaginário.
A postura mudou; cabeças erguidas dentro do campo, procurando a melhor jogada, o companheiro de equipe, o passe e finalmente... O gol!
Ontem, Drogba não foi convocado... Ele foi evocado, como quando evocamos alguma palavra na espera que o nosso desejo seja atendido.
E assim foi...e me fez lembrar de uma Psicanalista que um dia me disse: um nome nunca é “só isso”, um nome já é muita coisa.
Se é!!!
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Durante a copa do mundo I
Na última quinta adiantamos o ensaio da banda, aproveitando o feriado pra deixar o domingo livre...Aqui em casa todos tinham saído, os filhos mais velhos foram pra casa do pai, o companheiro aproveitou para fazer horas-extras e eu fui trabalhar também (porque artista trabalha pra burro)...Fui com meu pequeno de 4 anos.
Na ida pegamos o metrô (a linha vermelha) lotado de torcedores ingleses, muito felizes, bebendo e gritando e batendo no teto do metrô, aquela algazarra feliz de torcida de futebol.
Meu pequeno me olhava e perguntava: mãe porque eles estão falando desse jeito? Eu disse: é a língua deles, eles falam inglês, não moram aqui no nosso país. E um senhor estrangeiro percebeu a curiosidade do pequeno e sorriu para ele e lhe acariciou os cabelinhos.
Descemos em Santa Cecília, ensaiamos, tudo lindo...
Na volta, nos encontramos com a torcida do Uruguai, muito mais feliz que a torcida da Inglaterra, afinal eles voltavam do jogo com o peito estufado pela vitória!
Meu pequeno queria de novo saber quem eram. Eu disse: são Uruguaios, eles falam espanhol, e os Uruguaios usavam perucas enormes em azul a branco, bandeiras enroladas no corpo, aquela festa!! E muitos davam "tchauzinhos" e sorrisos para o meu pequeno, que retribuía.
Até aqui tudo bem, tudo normal, certo?
Tudo certo, até que eu comecei a pensar sobre o comportamento de um brasileiro no metrô que me chamou a atenção deveras! Quando entramos no metrô, na volta, um brasileiro disse bem alto: Quero ver se toca violão!!!! Referindo-se a mim, que carregava um instrumento (que nem era violão) nas costas.
Possivelmente esse cara nunca andou de metrô na vida e olha eu fico feliz que ele tenha andado pela primeira vez! Possivelmente essa é a ideia que esse cara tem da arte... A arte (e o artista) para esse cara especificamente, deve se encontrar em outro lugar, nos espetáculos impagáveis do meu singelo ponto de vista econômico. É possível que ele pense que artista é aquela pessoa super bem sucedida que anda cercado de seguranças etc e tal... e artista que anda de metrô?
Teve um outro conterrâneo que perguntou ao pequeno qual era o instrumento que ele carregava...e ele respondeu todo orgulhoso disse: é uma escaleta, o senhor se sorriu e me perguntou se o que eu carregava era um violão e eu disse: não, é uma viola caipira.
Ele sorriu para mim...
Hoje um amigo postou uma frase aqui dizendo que não há nada mais pacífico que uma pessoa carregando um instrumento musical...
Eu penso, pacífico pra quem? Espero sinceramente, que pra todos nós.
Espero também que o artista e a arte não sejam vistos como algo fora do real de cada um, mas que se respeite toda a arte em toda parte! em qualquer língua e ocasião...Não só nos gols da vida, na pacificidade do ato de carregar um instrumento, mas sobretudo nas derrotas, nas lutas, nas dores, nas angústias e no gozo nosso de cada dia!
Na ida pegamos o metrô (a linha vermelha) lotado de torcedores ingleses, muito felizes, bebendo e gritando e batendo no teto do metrô, aquela algazarra feliz de torcida de futebol.
Meu pequeno me olhava e perguntava: mãe porque eles estão falando desse jeito? Eu disse: é a língua deles, eles falam inglês, não moram aqui no nosso país. E um senhor estrangeiro percebeu a curiosidade do pequeno e sorriu para ele e lhe acariciou os cabelinhos.
Descemos em Santa Cecília, ensaiamos, tudo lindo...
Na volta, nos encontramos com a torcida do Uruguai, muito mais feliz que a torcida da Inglaterra, afinal eles voltavam do jogo com o peito estufado pela vitória!
Meu pequeno queria de novo saber quem eram. Eu disse: são Uruguaios, eles falam espanhol, e os Uruguaios usavam perucas enormes em azul a branco, bandeiras enroladas no corpo, aquela festa!! E muitos davam "tchauzinhos" e sorrisos para o meu pequeno, que retribuía.
Até aqui tudo bem, tudo normal, certo?
Tudo certo, até que eu comecei a pensar sobre o comportamento de um brasileiro no metrô que me chamou a atenção deveras! Quando entramos no metrô, na volta, um brasileiro disse bem alto: Quero ver se toca violão!!!! Referindo-se a mim, que carregava um instrumento (que nem era violão) nas costas.
Possivelmente esse cara nunca andou de metrô na vida e olha eu fico feliz que ele tenha andado pela primeira vez! Possivelmente essa é a ideia que esse cara tem da arte... A arte (e o artista) para esse cara especificamente, deve se encontrar em outro lugar, nos espetáculos impagáveis do meu singelo ponto de vista econômico. É possível que ele pense que artista é aquela pessoa super bem sucedida que anda cercado de seguranças etc e tal... e artista que anda de metrô?
Teve um outro conterrâneo que perguntou ao pequeno qual era o instrumento que ele carregava...e ele respondeu todo orgulhoso disse: é uma escaleta, o senhor se sorriu e me perguntou se o que eu carregava era um violão e eu disse: não, é uma viola caipira.
Ele sorriu para mim...
Hoje um amigo postou uma frase aqui dizendo que não há nada mais pacífico que uma pessoa carregando um instrumento musical...
Eu penso, pacífico pra quem? Espero sinceramente, que pra todos nós.
Espero também que o artista e a arte não sejam vistos como algo fora do real de cada um, mas que se respeite toda a arte em toda parte! em qualquer língua e ocasião...Não só nos gols da vida, na pacificidade do ato de carregar um instrumento, mas sobretudo nas derrotas, nas lutas, nas dores, nas angústias e no gozo nosso de cada dia!
Preciso gritar gol!
Eu preciso gritar gol!
Preciso gritar gol quando é copa do mundo e consigo ver a luta de muitos povos em campo...
Preciso gritar gol por passar a semana trabalhando enterrada em problemas da comunidade que vive uma realidade dura, tantas vezes tão dura quanto a minha.
Preciso gritar gol...é meu momento de catarse e não é só o meu.
É o grito de tanta gente. É o grito de tantos discursos... O grito do povo oprimido na favela e outros mais...
O grito dos discursantes do busão, que para minha tristeza algumas vezes discursam como “coxinhas”. Para minha tristeza, porque existe nada mais triste na vida do que um discurso-coxinha dentro do busão, no beco da favela, isso me assusta muito. Ser coxinha, hoje, não é mais um des-mérito da classe média!
Isso acontece, eu acredito, porque existem muitos discursos hoje em dia, dois deles especialmente me incomodam...o da mídia, especialmente a mídia televisiva e manipuladora e o discurso de algumas páginas das redes sociais. Só através dessas mídias podemos reconhecer um coxinha nos becos da favela.
Não critico o beco da favela, mas me pergunto o que leva essas pessoas acreditarem na mídia. Ela me parece tão frágil às vezes (a mídia), pode ser mero romantismo, mas poxa vida...se cada um pensasse sobre tudo que vive e sobre tudo que passa na sua vida e fora dela, talvez pudessem ser diferentes as relações também.
Com menos preconceitos sobre as aparências uns dos outros, com menos preconceito sobre tudo que a tal mídia tenta nos enfiar goela abaixo. Porque ainda que ela esteja falando sobre preconceito e realidade social, tenta nos enfiar gola abaixo coisas que todos nós conhecemos no real da vida! TODOS NÓS!!!
Eu fico contente quando vejo algum amigo gritando em letras maiúsculas: Vai Argélia! Vai Costa Rica! Dale Uruguai! Vai Costa do Marfim! Gana!
Sei que estão dizendo muito mais que isso...Desejam muito mais que gol! Desejam justiça social, desejam igualdade, fim da opressão e respeito dos direitos para todos.
É só por isso que eu grito GOL
Preciso gritar gol por passar a semana trabalhando enterrada em problemas da comunidade que vive uma realidade dura, tantas vezes tão dura quanto a minha.
Preciso gritar gol...é meu momento de catarse e não é só o meu.
É o grito de tanta gente. É o grito de tantos discursos... O grito do povo oprimido na favela e outros mais...
O grito dos discursantes do busão, que para minha tristeza algumas vezes discursam como “coxinhas”. Para minha tristeza, porque existe nada mais triste na vida do que um discurso-coxinha dentro do busão, no beco da favela, isso me assusta muito. Ser coxinha, hoje, não é mais um des-mérito da classe média!
Isso acontece, eu acredito, porque existem muitos discursos hoje em dia, dois deles especialmente me incomodam...o da mídia, especialmente a mídia televisiva e manipuladora e o discurso de algumas páginas das redes sociais. Só através dessas mídias podemos reconhecer um coxinha nos becos da favela.
Não critico o beco da favela, mas me pergunto o que leva essas pessoas acreditarem na mídia. Ela me parece tão frágil às vezes (a mídia), pode ser mero romantismo, mas poxa vida...se cada um pensasse sobre tudo que vive e sobre tudo que passa na sua vida e fora dela, talvez pudessem ser diferentes as relações também.
Com menos preconceitos sobre as aparências uns dos outros, com menos preconceito sobre tudo que a tal mídia tenta nos enfiar goela abaixo. Porque ainda que ela esteja falando sobre preconceito e realidade social, tenta nos enfiar gola abaixo coisas que todos nós conhecemos no real da vida! TODOS NÓS!!!
Eu fico contente quando vejo algum amigo gritando em letras maiúsculas: Vai Argélia! Vai Costa Rica! Dale Uruguai! Vai Costa do Marfim! Gana!
Sei que estão dizendo muito mais que isso...Desejam muito mais que gol! Desejam justiça social, desejam igualdade, fim da opressão e respeito dos direitos para todos.
É só por isso que eu grito GOL
Primeiro dia de aula
Ainda trago na memória, muito claro, meu primeiro dia na escola. Na primeira série, o nome da professora era Ariane.
Eu observava com um olhar tímido meus futuros-novos-amigos e todo aquele mundo repleto de novidades.
Sobre as mesas de meus colegas haviam lancheiras escalafobéticas e estojos multicoloridos, dos quais saiam a todo momento objetos pequenos e igualmente multicoloridos, uma variedade imensa de lápis, apontadores, borrachas, etc...
A certa altura a professora começou a chamar os nomes dos alunos.
- Fulano de tal!
E fulano de tal respondia:
- Presente!
E ela seguia chamando.
Isso me causou certa angústia, a qualquer momento ela poderia chamar também o meu nome.
E foi isso que aconteceu!
Ela chamou, uma, duas, três vezes o meu nome. E eu permaneci quieta, pensando comigo: _"e agora? que faço?"
Ela perguntou então: - quem é Rosana?
Eu respondi: - sou eu!
Ela perguntou:
- Porque você não diz "presente?"
Eu disse a ela: - porque eu não trouxe!!!
Eu pensava que todos aqueles objetos que as crianças traziam eram presentes para a professora!
A professora muito carinhosamente me explicou o que significava dizer "presente"!
Fiquei mais tranquila em poder aprender isso!
E a vida segue assim, todo dia é um dia de aprendizado! Todo dia podemos aprender uma coisa nova, uma nova palavra, uma música nova, ter um novo amigo, a vida está aí cheia de encantamento todo o tempo!!!
Eu só quis contar pra vocês!
Eu observava com um olhar tímido meus futuros-novos-amigos e todo aquele mundo repleto de novidades.
Sobre as mesas de meus colegas haviam lancheiras escalafobéticas e estojos multicoloridos, dos quais saiam a todo momento objetos pequenos e igualmente multicoloridos, uma variedade imensa de lápis, apontadores, borrachas, etc...
A certa altura a professora começou a chamar os nomes dos alunos.
- Fulano de tal!
E fulano de tal respondia:
- Presente!
E ela seguia chamando.
Isso me causou certa angústia, a qualquer momento ela poderia chamar também o meu nome.
E foi isso que aconteceu!
Ela chamou, uma, duas, três vezes o meu nome. E eu permaneci quieta, pensando comigo: _"e agora? que faço?"
Ela perguntou então: - quem é Rosana?
Eu respondi: - sou eu!
Ela perguntou:
- Porque você não diz "presente?"
Eu disse a ela: - porque eu não trouxe!!!
Eu pensava que todos aqueles objetos que as crianças traziam eram presentes para a professora!
A professora muito carinhosamente me explicou o que significava dizer "presente"!
Fiquei mais tranquila em poder aprender isso!
E a vida segue assim, todo dia é um dia de aprendizado! Todo dia podemos aprender uma coisa nova, uma nova palavra, uma música nova, ter um novo amigo, a vida está aí cheia de encantamento todo o tempo!!!
Eu só quis contar pra vocês!
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
O episódio da máquina de lavar, a linguagem.
Após cinco anos funcionando em perfeito estado, minha máquina de lavar, comprada com uma vaquinha-à-prestação por minha mãe, minha avó e meu pai, resolveu dar problemas...
Há dois dias, me deparei com um cartão de visitas sobre o armário da cozinha, escrito "conserto máquinas de lavar".
Achei que pudesse ser de algum conhecido do meu companheiro ou até mesmo de alguém que pudesse ter deixado sob a porta e um outro alguém teve a delicadeza de botar sobre o armário.
Resolvi não deitar fora, ainda. Guardei num cantinho, aquele cantinho que de pouco em pouco toma conta do armário em pouquíssimo tempo.
Então, era apenas uma questão de tempo mesmo, o cartão ir pro lixo...
Acontece que hoje, dois dias depois de eu ter encontrado o tal cartão, a máquina decidiu não funcionar.
Coloquei a roupa da semana toda, nesses tempos difíceis em que vivemos é preciso lavar roupa uma vez por semana; somente se for muito necessário...Coloquei sabão e tudo mais...Liguei e nada! A luz acendia, mas a água não tava abastecendo.
Fiz tudo o que eu pude! Abri e fechei inúmeras vezes, dei porrada, tirei da tomada, desliguei e liguei a torneira...e nada!
Até que eu me lembrei do tal cartão misterioso e aí bateu a paranóia!! Comecei a confabular que aquele cartão era de um cara que havia entrado em casa e sabotado a máquina e deixado o cartão...Olha o nível da nóia!!!
Após respirar profundamente por alguns minutos, procurando a calma há alguns instantes perdida, retomei a consciência e decidi ligar pro tal sabotador de máquinas de lavar alheias...
Sr. Fulano, encontrei seu cartão aqui em casa, não sei como veio parar aqui e tal...enfim, minha máquina quebrou Sr. Fulano. Está assim, assim, assado...E ele:
-Hum...entendi! E seguiu: mas tá saindo água?
Eu: não! a luz acende, mas a água não vem pra máquina...
Ele: hummmm, entendi, me fala seu endereço...
Eu estava pensando que ele viria só amanhã, ou na segunda feira, sei lá...tipos os caras que consertam o computador, que vêm SÓ quando podem.
Não deu 5 minutos o Sr. Fulano estava na porta. Aqui é quebrada e na quebrada é assim! (isso não vale pros Srs. consertadores de computador)...
Ele entrou, olhou a máquina cheia de roupa já...e eu agoniada atrás dele, tentando descobrir praticamente junto com ele qual era o problema.
O desespero era grande, mas era muito grande mesmo! E tudo passando na minha cabeça, seu eu tivesse que lavar roupa de 5 pessoas (na mão), e tudo mais...Eu estava ainda mais enlouquecida do que no momento da paranóia!
Daí o homem resolveu arrastar a máquina...e eu na maior inocência (misturada com desespero) soltei, sem pensar:
- Moço, precisa tirar a roupa? Se precisar, eu tiro!
Chorei de rir internamente...com a minha bobiça de linguagem!
Há dois dias, me deparei com um cartão de visitas sobre o armário da cozinha, escrito "conserto máquinas de lavar".
Achei que pudesse ser de algum conhecido do meu companheiro ou até mesmo de alguém que pudesse ter deixado sob a porta e um outro alguém teve a delicadeza de botar sobre o armário.
Resolvi não deitar fora, ainda. Guardei num cantinho, aquele cantinho que de pouco em pouco toma conta do armário em pouquíssimo tempo.
Então, era apenas uma questão de tempo mesmo, o cartão ir pro lixo...
Acontece que hoje, dois dias depois de eu ter encontrado o tal cartão, a máquina decidiu não funcionar.
Coloquei a roupa da semana toda, nesses tempos difíceis em que vivemos é preciso lavar roupa uma vez por semana; somente se for muito necessário...Coloquei sabão e tudo mais...Liguei e nada! A luz acendia, mas a água não tava abastecendo.
Fiz tudo o que eu pude! Abri e fechei inúmeras vezes, dei porrada, tirei da tomada, desliguei e liguei a torneira...e nada!
Até que eu me lembrei do tal cartão misterioso e aí bateu a paranóia!! Comecei a confabular que aquele cartão era de um cara que havia entrado em casa e sabotado a máquina e deixado o cartão...Olha o nível da nóia!!!
Após respirar profundamente por alguns minutos, procurando a calma há alguns instantes perdida, retomei a consciência e decidi ligar pro tal sabotador de máquinas de lavar alheias...
Sr. Fulano, encontrei seu cartão aqui em casa, não sei como veio parar aqui e tal...enfim, minha máquina quebrou Sr. Fulano. Está assim, assim, assado...E ele:
-Hum...entendi! E seguiu: mas tá saindo água?
Eu: não! a luz acende, mas a água não vem pra máquina...
Ele: hummmm, entendi, me fala seu endereço...
Eu estava pensando que ele viria só amanhã, ou na segunda feira, sei lá...tipos os caras que consertam o computador, que vêm SÓ quando podem.
Não deu 5 minutos o Sr. Fulano estava na porta. Aqui é quebrada e na quebrada é assim! (isso não vale pros Srs. consertadores de computador)...
Ele entrou, olhou a máquina cheia de roupa já...e eu agoniada atrás dele, tentando descobrir praticamente junto com ele qual era o problema.
O desespero era grande, mas era muito grande mesmo! E tudo passando na minha cabeça, seu eu tivesse que lavar roupa de 5 pessoas (na mão), e tudo mais...Eu estava ainda mais enlouquecida do que no momento da paranóia!
Daí o homem resolveu arrastar a máquina...e eu na maior inocência (misturada com desespero) soltei, sem pensar:
- Moço, precisa tirar a roupa? Se precisar, eu tiro!
Chorei de rir internamente...com a minha bobiça de linguagem!
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Poema engavetado
Poema engavetado...
Fome de quê guardam teus úmidos lábios morenos?
Que vontades sua pele carrega sob essa camisa?
No seu corpo faço língua meu desejo-fome
O olhar que mira, como quem mira estrelas,
Desperta-me a sede
Quero chuva!
Fome de quê guardam teus úmidos lábios morenos?
Que vontades sua pele carrega sob essa camisa?
No seu corpo faço língua meu desejo-fome
O olhar que mira, como quem mira estrelas,
Desperta-me a sede
Quero chuva!