terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sobre a copa IIDidier Dogbá,um nome é muita coisa


Ontem, durante o jogo Japão x Costa do Marfim, aconteceu o inesperado.
O Japão dominava a partida e vencia por 1 a 0.
A Costa atacava sem parar — mas nada.
A força e a resistência estavam lá, visíveis em músculos esculpidos com precisão quase divina.
Mas não bastava.
Não bastava pra virar o jogo.

E então aconteceu o milagre.
Não foi tático, foi simbólico.

A virada começou quando um nome foi dito:
Didier Drogba.

O nome entrou em campo — e o jogo mudou de esfera.
Parecia que a realidade, de repente, obedecia ao desejo.

A torcida, antes tímida, virou a casaca sem culpa.
Gritava, delirava.
Não torcia mais só por um time —
torcia pelo mito.

A postura dos jogadores mudou também:
cabeças erguidas, passes firmes, olhos atentos ao companheiro.
O campo, antes espaço de força, virou território de fé.

Ontem, Drogba não foi convocado.
Foi evocado.

Como quando evocamos uma palavra na esperança de que o nosso desejo se realize.

E foi.

Enquanto via o jogo, lembrei de uma psicanalista que um dia me disse:

> “Um nome nunca é só isso.
Um nome já é muita coisa.”



Se é!

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