Ontem, durante o jogo Japão x Costa do Marfim, aconteceu o inesperado.
O Japão dominava a partida e vencia por 1 a 0.
A Costa atacava sem parar — mas nada.
A força e a resistência estavam lá, visíveis em músculos esculpidos com precisão quase divina.
Mas não bastava.
Não bastava pra virar o jogo.
E então aconteceu o milagre.
Não foi tático, foi simbólico.
A virada começou quando um nome foi dito:
Didier Drogba.
O nome entrou em campo — e o jogo mudou de esfera.
Parecia que a realidade, de repente, obedecia ao desejo.
A torcida, antes tímida, virou a casaca sem culpa.
Gritava, delirava.
Não torcia mais só por um time —
torcia pelo mito.
A postura dos jogadores mudou também:
cabeças erguidas, passes firmes, olhos atentos ao companheiro.
O campo, antes espaço de força, virou território de fé.
Ontem, Drogba não foi convocado.
Foi evocado.
Como quando evocamos uma palavra na esperança de que o nosso desejo se realize.
E foi.
Enquanto via o jogo, lembrei de uma psicanalista que um dia me disse:
> “Um nome nunca é só isso.
Um nome já é muita coisa.”
Se é!
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