Escrever é delírio
Tantos poetas já o disseram.
Deliro porque preciso suportar a vida.
A palavra é como peça de xadrez no jogo da poesia.
Ora representa o imaginário, ora o simbólico.
Com ou sem nome-do-pai, se movimentam, se deslocam ou simplesmente se condensam.
Feito a metáfora e a metonímia.
No real da vida só o desejo insustentável habita.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Canto da sereia
Canto pra você como um canto de sereia
Em busca de um peito-seguro, escutas
Teu incenso fez desabrochar a minha flor e fica preso às narinas cada vez que ascendo.
Toma meu sumo-suco de corpo-fruta-madura.
Come a Lótus úmida e orvalhada feito o capim, que é santo.
Não sou santa, quero você na minha teia, na minha veia, porque eu sim, te devoro.
Intimidade não é a língua é a linguagem, a metáfora.
Quero ver agora o que fará com o prato...vai lamber todo o resto ou jogar o verso fora?
Em busca de um peito-seguro, escutas
Teu incenso fez desabrochar a minha flor e fica preso às narinas cada vez que ascendo.
Toma meu sumo-suco de corpo-fruta-madura.
Come a Lótus úmida e orvalhada feito o capim, que é santo.
Não sou santa, quero você na minha teia, na minha veia, porque eu sim, te devoro.
Intimidade não é a língua é a linguagem, a metáfora.
Quero ver agora o que fará com o prato...vai lamber todo o resto ou jogar o verso fora?
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Sobre andar de moto (de carona)
Andar de moto de carona não é nada fácil, ora o piloto esquece que não está sozinho, ora estamos preocupados com o que está acontecendo à frente.
Nos primeiros dias foi cômico, em cima da 125 só me importava em não bater em nada pela frente, então viajava o caminho todo torta e dura. Cabeça pra fora do eixo da moto pra espiar o que acontecia pela frente e corpo também torto, porque depois de perder o eixo do corpo com a moto sentia medo de me ajeitar e isso causar acidente, algo assim.
Então lá eu ia toda tronxa e com câimbras nas pernas, bunda fora do banco e cabeça fora da moto.
Hoje, mais acostumada, às vezes ainda acontece, se carrego uma mochila pesada, por exemplo e o piloto passa com tudo pela lombada, tudo sai fora do lugar, e lá vai, mochila puxando pra um lado, bunda fora do centro, pernas com câimbras, só o que permanece no lugar é a cabeça. Ou você aprende a confiar no piloto ou vai de carona parecendo um saco de batatas com olhos arregalados.
Ainda há a opção de dirigir a propria moto, mas definitibamente não é pra mim.
E vamos em frente, sempre em busca do equilíbrio, confiando no piloto quando não é você quem pilota.
Nos primeiros dias foi cômico, em cima da 125 só me importava em não bater em nada pela frente, então viajava o caminho todo torta e dura. Cabeça pra fora do eixo da moto pra espiar o que acontecia pela frente e corpo também torto, porque depois de perder o eixo do corpo com a moto sentia medo de me ajeitar e isso causar acidente, algo assim.
Então lá eu ia toda tronxa e com câimbras nas pernas, bunda fora do banco e cabeça fora da moto.
Hoje, mais acostumada, às vezes ainda acontece, se carrego uma mochila pesada, por exemplo e o piloto passa com tudo pela lombada, tudo sai fora do lugar, e lá vai, mochila puxando pra um lado, bunda fora do centro, pernas com câimbras, só o que permanece no lugar é a cabeça. Ou você aprende a confiar no piloto ou vai de carona parecendo um saco de batatas com olhos arregalados.
Ainda há a opção de dirigir a propria moto, mas definitibamente não é pra mim.
E vamos em frente, sempre em busca do equilíbrio, confiando no piloto quando não é você quem pilota.
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