Desejo tua presença.
Não é só querer —
é reza,
é febre,
é carne em oração.
Teu cheiro me doma,
suave tempestade,
acalma o caos em mim
como se soubesse o caminho
dos meus labirintos.
Teu gosto —
quente,
denso,
selvagem.
Gruda na minha boca,
fica…
marca.
E teu suor,
ah, teu suor —
é vinho pra minha sede,
é sal pra minha fome,
é tua essência
derretida na minha língua.
Quero teu corpo inteiro.
Mapa sagrado,
bússola invertida.
Percorrer cada centímetro
como quem descobre
um novo mundo
com a ponta dos dedos.
Sonho o possível.
Mas é no impossível
que me perco.
É no impossível
que te vivo.
É no impossível
que somos.
Juntos.
Incontornáveis.
Latinos.
Sangue em ebulição.
Pele, pulsação.
Nós.
Nosso.
Infinito.
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